Aspronema dorsivittatum
(Cope, 1862)
- Tamanho (3,6cm-11cm)
- Habitat (mata fechada)
- Coloração (camuflada)
- Dieta (artrópodes)
- Reprodução (vivípara)
- Atividade (diurna)
- Raridade (comum)
- Status de conservação (LC)
Identificação
Corpo cilíndrico, alongado; membros bem desenvolvidos; cauda longa. Comprimento rostro-cloacal (CRC) de 36 mm a 109 mm. Fêmeas adultas são maiores que machos adultos. Dorso marrom-avermelhado, com três listras longitudinais escuras. Lados do corpo com duas faixas longitudinais de cor escura, margeadas inferiormente por uma faixa clara. Pode ser confundida com Notomabuya frenata, da qual difere por possuir duas escamas frontoparietais (uma em N. frenata), com Manciola guaporicola, da qual difere por possuir três supraoculares (quatro em M. guaporicola) e Copeoglossum nigropunctatum, da qual difere por possuir três listras escuras no dorso (nenhuma listra escura no dorso em C. nigropunctatum).
Distribuição geográfica
Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai. No Brasil, ocorre nas regiões centro-oeste, sul e sudeste, estando presente no Distrito Federal.
Habitat
Ocorre em áreas de cerrado e também em matas-de-galeria.
Micro-hábitat
Vive junto ao chão, subindo regularmente no tronco de árvores, em troncos caídos, rochas e cupinzeiros. Prefere locais moderadamente ensolarados, onde se desloca constantemente entre manchas de sol e de sombra, o que é importante na regulação de sua temperatura corporal. Utiliza fendas de rochas, espaços sob a casca de árvores e buracos sob rochas, troncos caídos e cupinzeiros onde procura abrigo e deposita suas ninhadas.
Dieta
Se alimenta principalmente de artrópodes, podendo ocasionalmente se alimentar de pequenos vertebrados.
Reprodução
É uma espécie vivípara.
Comportamento
É uma espécie diurna e heliófila, ativa durante todo o dia. A temperatura corporal média é de 32.9 ± 0.98 °C (n=11). É relativamente sedentária, se deslocando ocasionalmente entre manchas de sol e sombra para regular sua temperatura corporal, ao mesmo tempo que procura por alimento. Pode revirar o folhiço ou cavar o solo à procura de presas. Quando notada, fica imóvel tentando se confundir com o ambiente, podendo correr rapidamente para abrigos quando perturbada.
Bibliografia seleta
Ávila-Pires, T. C. S. 1995. Lizards of Brazilian Amazonia (Reptilia: Squamata). Zool. Verh. Leiden 1995: 3-706. Blackburn, D. G., and L. J. Vitt. 1992. Reproduction in viviparous South American lizards of the genus Mabuya. In W. C. Hamlett (ed.), Reproductive Biology of South American Vertebrates, pp. 150-164. Springer-Verlag, Vitt, L. J., and D. G. Blackburn. 1991. Ecology and life-history of the viviparous lizard Mabuya bistriata (Scincidae) in the Brazilian Amazon. Copeia 1991: 916-927.