Amphisbaena alba
Linnaeus, 1758
Identificação
Possui um corpo cilíndrico e alongado, com escamas dispostas em anéis longitudinais ao longo do corpo. Apresenta coloração amarelada no dorso e ventre branco. A maioria varia de 250 mm a 720 mm de comprimento rostro-cloacal (CRC). Esta espécie não apresenta dimorfismo sexual. O focinho da Amphisbaena alba é arredondado e sem ponta; não há fusão dos segmentos da cabeça, que permanece unicolor na fase adulta. Apresenta um alto número de segmentos por anel no corpo e não possui constrição para autotomia caudal. Os espécimes possuem entre 198 e 248 anéis corporais, 13 a 21 anéis caudais e 65 a 85 segmentos por anel médio do corpo (30-42 dorsais e 35-46 ventrais), além de quatro a 10 poros precloacais.
Distribuição geográfica
Esta espécie ocorre no Brasil ocorrendo nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e Distrito Federal. Também ocorre na Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Peru, Bolívia, Norte do Paraguai, Trinidad e Equador.
Habitat
Está presente em ambientes onde o solo é mais profundo para poder cavar, mas tem sido associado a formigueiros de formigas cortadeiras (Atta cephalotes). Pouco se sabe sobre suas preferências de localidades fisionômicas da vegetação.
Micro-hábitat
Está quase sempre associado a tuneis subterrâneos e tocas no solo.
Dieta
A dieta consiste principalmente em besouros, formigas, aranhas, cupins e artrópodes não identificados, enquanto formigas, besouros, larvas de insetos e aranhas são suas principais, no entanto, já foi observado também que raramente podem consumir plantas.
Reprodução
A espécie é ovípara. Colocando seus ovos em túneis subterrâneos. Os ovos medem cerca de 26,8 mm (SE ± 0,7) no eixo longo e 13,7 mm (SE ± 0,6) no eixo curto, e ficam dispostos em linha única dentro da cavidade abdominal. Utiliza ninhos vazios de formigueiros para depositar seus ovos ou galerias subterrâneas, que elas mesmo escavam.
Comportamento
Quando se sente ameaçado, este animal pode levantar a cabeça e a cauda juntos para tentar enganar os predadores. Possuem também uma potente mordida para se defender.
Bibliografia seleta
Colli, Guarino R., and Dario S. Zamboni. “Ecology of the Worm-Lizard Amphisbaena alba in the Cerrado of Central Brazil.” Copeia, vol. 1999, no. 3, 1999, pp. 733–42. JSTOR, https://doi.org/10.2307/1447606. Accessed 21 June 2024.]
Andrade, Denis V.; Nascimento, Luciana B.; Abe, Augusto S. 2006. Habits hidden underground: a review on the reproduction of the Amphisbaenia with notes on four Neotropical species. Amphibia-Reptilia 27 (2): 207-217