Polychrus acutirostris
Spix, 1825

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Tamanho (3,8cm-15cm)
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Habitat (mata fechada)
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Coloração (camuflada)
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Dieta (incetívora)
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Reprodução (ovípara)
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Atividade (diurna)
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Raridade (comum)
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Status de conservação (LC)
Identificação
Corpo alongado e comprimido lateralmente, cauda longa e membros curtos. O comprimento rostro-cloacal varia de 38 mm até 150 mm e fêmeas adultas são em média maiores que os machos. A coloração é acinzentada, sendo que o dorso pode apresentar faixas transversais negras, em forma de V, com o vértice para cima. O ventre é esbranquiçado. Durante a época reprodutiva os machos apresentam manchas negras arredondadas nos flancos. As pálpebras são fundidas e recobertas por pequenos grânulos. Os flancos apresentam fileiras oblíquas de escamas, separadas por pequenos grânulos.
Distribuição geográfica
Esta espécie ocorre na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. No Brasil a espécie ocorre nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste, encontrando-se também nos estados de São Paulo, Minas Gerais e no sul do Pará.
Hábitat
Ocorre em todos os tipos de cerrado onde existe um estrato arbóreo.
Micro-habitat
É uma espécie arborícola, podendo às vezes ser encontrada em arbustos baixos e até no chão.
Dieta
Consiste basicamente de partes vegetais e artrópodes, dentre os quais se destacam grilos e gafanhotos, louva-a-deus, larvas de insetos, besouros e vespas.
Reprodução
A reprodução é cíclica, ocorrendo durante a estação chuvosa (setembro a março). Cada fêmea deposita uma única ninhada durante a estação reprodutiva, consistindo de sete a 31 ovos, sendo a média em torno de 18. O período de incubação dos ovos é de cerca de quatro meses. Os filhotes nascem com cerca de 40 mm de comprimento rostro-cloacal e atingem a maturidade sexual perto dos 75 mm, no seu primeiro ano de vida.
Comportamento
Esta é uma espécie diurna, que passa a maior parte do tempo imóvel, se camuflando muito bem em meio à vegetação. É ativa durante todo o dia e a temperatura corporal média é de 35.0˚C ± 0.2˚C. Os movimentos são bastante lentos, inclusive a captura de presas. A cauda longa e preênsil é utilizada com frequência para sustentar o animal. Quando ameaçado, a reação mais frequente é a imobilidade e o animal pode pressionar o corpo contra um galho e mudar de posição, colocando o galho entre si e o observador. Essa espécie pode exibir ainda um display que consiste em abrir a boca, inflar o corpo, estender o saco gular e até morder. A coloração da pele pode mudar rapidamente, escurecendo quando o animal se sente ameaçado.
Bibliografia seleta
Luedemann, G., G. R. Colli, e R. A. Brandão. 1997. Reproduction: Polychrus acutirostris. Herpetol. Rev. 28: 43.
Vanzolini, P. E. 1983. Guiano-Brasilian Polychrus: distribution and speciation (Sauria: Iguanidae). In A. G. J. Rhodin e K. Miyata (eds.), Advances in Herpetology and Evolutionary Biology, pp. 118-131.
Museum of Comparative Zoology, Cambridge. Vitt, L. J., e J. L. T.E. 1981. Behaviour, hábitat, diet and reproduction of the iguanid lizard Polychrus acutirostris in the Caatinga of northeastern Brazil. Herpetologica 37: 53-63.