Amphisbaena vermicularis
Wagler, 1824
Identificação
Este animal tem tamanho médio a grande com média de 176 mm de comprimento rostro-cloacal (CRC) para machos e 193 mm para fêmeas. Cabeça alongada, com um focinho arredondado e robusto, sem fusão dos escudos da cabeça, geralmente com quatro supra-labiais e três infra-labiais, e uma cauda longa, cilíndrica e arredondada. Possui de 211 a 254 anéis corporais; de cinco a sete anéis caudais até a constrição de autotomia, de 23 a 30 anéis caudais da cloaca até a ponta da cauda; de 18 a 26 segmentos dorsais e de 18 a 25 segmentos ventrais por anel médio do corpo; e quatro poros pré-cloacais. A cor dos espécimes preservados é uniformemente marrom acinzentado no dorso, tornando-se mais clara ventralmente, com um padrão reticulado característico no pescoço.
Distribuição geográfica
Brasil (Amazonas, Mato Grosso, Para, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Paraíba, Sergipe e Distrito federal), Bolívia (Santa Cruz, Tarija).
Habitat
Em áreas de cerrado e de mata.
Micro-hábitat
É uma espécie fossorial, ou seja, vive enterrada no chão.
Dieta
Se alimenta basicamente de artrópodes, sendo os itens mais importantes formigas e larvas de insetos.
Reprodução
Ovípara. O período de reprodução ocorre provavelmente entre os meses de setembro a maio.
Comportamento
É uma espécie diurna e possui a capacidade de autotomia caudal como estratégia de defesa.
Bibliografia seleta
Andrade, D., Nascimento, L., Abe, A., 2006. Habits hidden underground: a review on the reproduction of the Amphisbaenia with notes on four Neotropical species. Amphibia-Reptilia 27, 207–217.. https://doi.org/10.1163/156853806777239995
Guedes JJM, Costa HC, Moura MR. A new tale of lost tails: Correlates of tail breakage in the worm lizard Amphisbaena vermicularis. Ecol Evol. 2020; 10: 14247–14255. https://doi.org/10.1002/ece3.7023